sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Do delírio religioso (Osvaldo)


É o contínuo movimento apreendido pelo homem acerca do divino. Ao invés de um salto qualitativo, unindo a natureza, ciência e o racional, a tentantiva de chegar mais próximo de Deus é através da moralidade e castrações, estas pilhérias pueris.
Conceber uma forma divina que seja livre de qualquer pretexto moral, juízo de valores e liberdade do ser, se caracteriza o bojo de incogniscibilidade da ignorância do homem.
O valor da vida, e se a vida tem um valor para estes, é da auto-imolação moral, corporal, e dos desejos reprimidos.
Dawkins nos alerta para esta massificação delirante destas religiões que se tornam ultrapopulares, em seu livro "Deus, um delírio". A meu ver, a obra em si não está no cerne da existência divina ou não tão somente, mas sim de toda sorte de atos deletérios dos que professam sua fé em nome de Deus.
Pasmém, isto é de um primitivismo anormal, sem escalas! Os primatas não fazem isto.
Eu penso que, arbitrário que possa soar isto, alguns movimentos religiosos necessitam sim de fato serem vistos com "maus olhos" mediante aqueles que detém um pingo de sensatez.
Apenas mediante o diálogo crítico na sociedade é que podemos reter e deter o fanatismo "indelével" dos presunçosos que levantam uma bandeira divina na qual rechaçam qualquer forma de iluminismo destas idéias "trevosas".
Se o "mal" de fato existe, sepre foi fomentado por todos eles, que não obstante, é uma forma de coerção do intelecto para assumirmos que a "salvação" deste orbe jaz em nós mesmos, e não em extemporaneidades.
Esta tomada de raciocinio, no qual devemos nos "impor" mediante as ignorâncias gerais do homem, ainda não é possível em consequencia das cartilhas morais do "politicamente correto".
Nos falta uma enorme consciência de engajamento em todos os segmentos sociais. Em nome de uma moral que é fraca, que se esconde por detrás de complacências esquivas e obliterantes das verdadeiras necessidades do homem, sempre "tampamos o sol com a peneira", na eterna esperança de que amanhã será um novo dia, ou cabe ao que é divino interferir no curso da humanidade, através de umna rigida moral inventada por três ou mais pessoas ao longo dos séculos. Assim se pressupõe, desde que o mal não me atinja.
Talvez o ato mais original da casta de sacerdotes foi a criação de um novo sistema de valores. Por um processo de inversão, eles tiraram os nobres valores de seus governantes (os fortes e poderosos) e os transformaram no seu oposto, os grandes vicios e pecados.
A ética do homem nobre se compraz em coragem, saúde, "orgulho", não sentimento de culpa, etc, ao passo que a do escravo em submissão, valor extremo ao sofrimento, medo e humildade não verdadeira.
Os religiosos, aqui se diz em particular os ocidentais, são os mais inteligentes e rancorosos da historia. Como lideres de uma maioria enfraquecida, sua capacidade não descansa na força das armas, em vez disto, eles precisam confiar em seus poderes mentais. É sua impotência física que faz o seu ódio tão violento e sinistro, tão cerebral e taõ venenoso.
Uma vez que este movimento dos religiosos, em nome dos sacerdotes, foi conquistado, resta um pequeno passo para a completa rejeição da ética do homem nobre. Eles nos dizem que "coragem" na verdade é arrogância, e orgulho na verdade é amor por si mesmo, etc, etc e etc.
Psicilogicamente, encontramos aqui a ideia de repressão: a recusa em admitir desejar o que não se pode obter. Melhor é rejeitá-lo como se não tivesse valor algum, e nesta rejeição de valores que se distancia de uma motal castradora, a religião desenvolve um plano ainda mais brilhante: a ideia do mal, do pecado, do proibido e maculado, institucionalizados em nossa sociedade de maneira que encobrem nossa real liberdade e espirito criativo.
Nesta ética escravista vemos um profundo auto-egano. A pessoa rancorosa não é verdadeira nem sincera, mesmo em âmbitos mais incoscientes. Nem é honesta e direta consigo mesma. Sua alma é tendenciosa, sua mente adora caminhos secretos e portas dos fundos. Representa o cheiro do fracasso de uma alma que envelheceu, um alto preço a pagar pela razão e pela repressaõ da emoção.
Não podemos achar que algo como ficar orando chorando, gritando deliradamente a Deus, castrando os desejos mais incontidos inerentes ao homem, e achar que algo seja moralmente bom ou ruim, seja de fato algo "celestial". Nossa única preocupação seria um humanismo que englobe a todos sem exceção, no sentido da sua não deterioração. Humanismo = homem. O resto é grilhões pesadíssimos a serem quebrados.

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