Bem-vindo ao blog "O COGITO" de ensaios filosóficos, de autoria de Osvaldo Rinaldi. A filosofia é antes de tudo uma atividade racional. Para a filosofia não existem respostas certas, mas sim perguntas certas a partir do assombro filosófico no qual somos acometidos, fora da caixa. Paradoxalmente ao senso comum, Inverte-se a ordem de que "é preciso crer para compreender" para "é preciso compreender para crer". Por fim cito minha infinita afeição pelo grande racionalista Descartes.
sábado, 31 de outubro de 2009
Crítica ao apego e à filosofia individualista (Osvaldo)
Todos nós partiramos de um pressuposto filosófico individualista advindo de outro discurso de alguma escola filosófica de determinada autoria, e frente nossa própria realidade se aplica devidas determinações, aquilo que faz bem e é conveniente professar. Forma-se a partir disto uma forma de pensar própria, que é bom, mas desde que objetivando o dialogo que engloba outras conjecturas também.
O assunto levantado aqui referente ao apego é interessante porque hoje a sociedade procura respostas mediante varias opções de como conseguir uma vida “classificadamente” melhor e preocupações banais, e não mais uma resposta acerca do “quem sou eu “, meu papel na sociedade e o que fazer para me tornar um indivíduo melhor para comigo mesmo não atritando em diversos níveis com os demais. Suas referências ainda são catalogadamente dispostas de forma pontual e não creio que resignar-se a este movimento seja interessante em termos de coletividade, isso é banal demais para o homem, tanto quanto pensar que cada um se vire da forma que desejar conquanto se adquira, passe por cima, destrua, e infinitas ações deletérias provindas de sua “situação” no meio. Ao invés, se publica nas revistas o apocalipse em 2012 em antagonismo com a necessidade do homem se tornar insuperável nos negócios, no amor, sexo, beleza, etc...
Ainda penso que os grandes discursos na maioria, principalmente os ininteligíveis para a população, não levam a lugar nenhum, embora alguns seletos pensadores de fato souberam “premeditar” ou até tornar ainda vívido seus conceitos para os dias de hoje.
Não é uma questão de determinismo somente, que é o que parece nos dias atuais, ou aforismos ao pé da letra, ou eterna reciclagem de livros de auto ajuda , (as literatices, segundo Schopenhauer nada mais fácil do que escrever difícil).
Formulas de prateleiras, unidas ao fermento social, resultando em um mundo voltado para si com as mascaras do que não é, e de que tudo está bem no meu mundo, ao passo que o individuo se assombra com sua falta de poder de escolhas mediante tanta oferta e frente a convenções.
Porque não dizer que isso tudo também é obscurantismo e apego ao vazio?(que não é o “nada”), e sim ainda um estado de torpor que não se desperta o verdadeiro gênio em si.
O determinismo reflete ainda suas “irracionalidades” e, a grosso modo,ao se calçar no indeterminismo geral o homem volta à toca preferindo o verniz das múltiplas escolhas da contemporaneidade e seus desdobramentos “ocupacionais”.
Vamos então ser racionalistas, usar os quatro métodos para refilmar o clássico “assim caminha a humanidade”.
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