sábado, 31 de outubro de 2009

Crítica ao apego e à filosofia individualista (Osvaldo)


Todos nós partiramos de um pressuposto filosófico individualista advindo de outro discurso de alguma escola filosófica de determinada autoria, e frente nossa própria realidade se aplica devidas determinações, aquilo que faz bem e é conveniente professar. Forma-se a partir disto uma forma de pensar própria, que é bom, mas desde que objetivando o dialogo que engloba outras conjecturas também.
O assunto levantado aqui referente ao apego é interessante porque hoje a sociedade procura respostas mediante varias opções de como conseguir uma vida “classificadamente” melhor e preocupações banais, e não mais uma resposta acerca do “quem sou eu “, meu papel na sociedade e o que fazer para me tornar um indivíduo melhor para comigo mesmo não atritando em diversos níveis com os demais. Suas referências ainda são catalogadamente dispostas de forma pontual e não creio que resignar-se a este movimento seja interessante em termos de coletividade, isso é banal demais para o homem, tanto quanto pensar que cada um se vire da forma que desejar conquanto se adquira, passe por cima, destrua, e infinitas ações deletérias provindas de sua “situação” no meio. Ao invés, se publica nas revistas o apocalipse em 2012 em antagonismo com a necessidade do homem se tornar insuperável nos negócios, no amor, sexo, beleza, etc...
Ainda penso que os grandes discursos na maioria, principalmente os ininteligíveis para a população, não levam a lugar nenhum, embora alguns seletos pensadores de fato souberam “premeditar” ou até tornar ainda vívido seus conceitos para os dias de hoje.
Não é uma questão de determinismo somente, que é o que parece nos dias atuais, ou aforismos ao pé da letra, ou eterna reciclagem de livros de auto ajuda , (as literatices, segundo Schopenhauer nada mais fácil do que escrever difícil).
Formulas de prateleiras, unidas ao fermento social, resultando em um mundo voltado para si com as mascaras do que não é, e de que tudo está bem no meu mundo, ao passo que o individuo se assombra com sua falta de poder de escolhas mediante tanta oferta e frente a convenções.
Porque não dizer que isso tudo também é obscurantismo e apego ao vazio?(que não é o “nada”), e sim ainda um estado de torpor que não se desperta o verdadeiro gênio em si.
O determinismo reflete ainda suas “irracionalidades” e, a grosso modo,ao se calçar no indeterminismo geral o homem volta à toca preferindo o verniz das múltiplas escolhas da contemporaneidade e seus desdobramentos “ocupacionais”.
Vamos então ser racionalistas, usar os quatro métodos para refilmar o clássico “assim caminha a humanidade”.

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