Bem-vindo ao blog "O COGITO" de ensaios filosóficos, de autoria de Osvaldo Rinaldi. A filosofia é antes de tudo uma atividade racional. Para a filosofia não existem respostas certas, mas sim perguntas certas a partir do assombro filosófico no qual somos acometidos, fora da caixa. Paradoxalmente ao senso comum, Inverte-se a ordem de que "é preciso crer para compreender" para "é preciso compreender para crer". Por fim cito minha infinita afeição pelo grande racionalista Descartes.
domingo, 29 de agosto de 2010
Uma nova leitura para a alegoria da caverna? - Osvaldo
Nietzsche vai revirar no túmulo, mas aqui vou citá-lo, e a morte de Deus.
Porquê? Bem, a saber, segundo o autor eu, você e os outros matamos Deus. Este argumento pode ser impactante se não aprofundado, mas para tudo há uma boa razão de se dizer.
Voltemos à alegoria da caverna, e como o colega bem citou acima do “temor” frente à verdade que, após ofuscar os olhos, leva o prisioneiro de volta às trevas.
Agora voltemos para nossa contemporaneidade, que é submersa por um niilismo marcante da falta de valores. E se há “valores”, estes são apenas os que incapacitam o potencial humano, numa mistura muito homogênea com o hedonismo marcante, fator este que é um adicional muito pejorativo para agora, alem de inibir o homem a sair da caverna, o torna cego de vez!
O hedonismo é uma marca muito característica dos tempos atuais, largamente criticado e vaticinado por Nietzsche mais de um século atrás. Tal fenômeno está relacionado à nossa orfandade após o óbito de um balizador para a humanidade que sempre foi Deus, dando espaço para os vieses científicos contemporâneos que aludem a formação de um novo homem, ou seja, a ciência assume o lugar de Deus em seus joguetes que nos remetem às discussões éticas como a clonagem, que por sua vez nos leva de volta a Nietzsche quando este vaticinou que cada vez mais o homem perdia a noção instintos que protegem a vida.
Oras, o hedonismo, arrisco dizer, além de estar coadunado com a inescrupulosa falta de conhecimento do homem moderno,é uma característica marcante, moderna e ilusória para a alegoria da caverna. E este medo frenético que o homem tem é um paradoxo latente. Ao mesmo tempo que ele quer se firmar em sua razão ele também não quer. O único vácuo deixado pela morte de Deus só pode ser preenchido pelo positivismo das ciências assim como com o poder e ilusão do consumo e das superficialidades modernas.
Bem, resumindo, pois isto vai longe, Platão nunca esteve tão moderno frente a um falso racionalismo que também não foi idéia base de Descartes.
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aí vai uma pergunta o querrepresentar á caverna na historia?
ResponderExcluirMuito legal eu adorei bem interessante ajuda agente a compreender
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