sábado, 11 de setembro de 2010

Do Relativismo - Osvaldo


Filosofar, em seu sentido estrito, está sempre atrelado ao fato do "conhecimento". Com efeito, a teoria do conhecimento é hoje um dos pilares mais marcantes ainda deste escopo filosófico. Se perguntarmos o que é filosofia hoje, poderíamos dizer que é tudo aquilo que não está categoricamente dividido em áreas diferentes do saber. O que resta então são a ontologia, a epistemologia e a metafísica.
Platão, em seu diálogo com Teeteto, que usa Sócrates como protagonizador , discorre acerca da natureza do conhecimento, pela primeira vez na filosofia então se embate um diálogo entre verdade e relativismo, e isto se refere aos sofistas.
Há de se citar aqui que este relativismo ainda hoje se torna uma problemática para a filosofia, pois ele não é apenas como uma filosofia do pragmatismo americano, mas sim abre um precedente enorme acerca dos problemas sociais mais evidentes quando a tentativa é abarcar um humanismo perene a todos os homens, já que em questão de humanismo, este salienta apenas o potencial humano da concórdia, ética e organização que não são adjacentes de uma metafísica ou mesmo de uma teologia.
Hoje relativismo é sinônimo de não debate, justificativa para o proceder desigual, superficialidade de noções políticas e falta de humanismo pelo fato do homem não mais ter consciência de sua alteridade, ou seja, de que o outro faz parte integrante de sua própria condição de ser, vide o existencialismo.
Portanto, a alegoria da caverna é dita em uma alusão folclórica, mas o intuito de Platão, para além de propor um conhecimento universal, é antes de tudo embasada em sua dialética que a priori leva o homem a se questionar em uma escala ascendente sem jamais se contentar com uma estagnação. Isto no mínimo gera um debate acerca do conhecimento que impossibilita uma inexorabilidade relativista.

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