segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Richard Dawkins contra a religião (Osvaldo)


De antemão digo que é interessante a idéia de trazer os céticos que estão na "berlinda" a um debate mais elucidativo acerca da razão de adotarem esta posição, tendo bases sólidas para também argumentarem em seu favor mediante o fundamentalismo religioso e proselitismos.

"Ele também defende e divulga correntes como o ateísmo, ceticismo e humanismo. Também é um entusiasta do movimento bright e, como comentador de ciência, religião e política, um dos maiores intelectuais conhecidos no mundo. Esses assuntos são devidamente retratados em seu mais recente livro, "Deus, um delírio", livro que já é best-seller em vários partes do mundo. Através de diversos fatos científicos, Dawkins nos mostra sua idéia da inexistência de Deus. Em enquete realizada pela revista Prospect em 2005, sobre os maiores intelectuais da atualidade, Richard Dawkins ficou com a terceira posição, atrás somente de Umberto Eco e Noam Chomsky"

Bem, penso que muitos estão um pouco "enfadados" e tolhidos com essa conversa fundamentalista religiosa e metafísica. Acho que o ponto crítico do livro é a questão do fundamentalismo religioso, pois Dawkins mesmo alega não poder provar veementemente a inexistência de Deus, mas também tenta inculcar o porque de acreditar; em que bases? Como pode ser racional alguém atribuir a uma criança em formação uma religião? Que arbitrariedade seria esta? E quem decretou que no ensino fundamental deva haver religião?
Este é um campo que não deve haver uma moral estabelecida para julgar as atitudes de Dawkins; é mais do que estabelecer se existe um deus ou não; é comportamental.
Claro que o oposto pode ocorrer, isso também se tornar um fundamentalismo, mas será? Não seria interessante ver até onde vai isto ao menos?
Não creio também que se esteja ofendendo culturas alheias; desculpe, mas desde quando "religião" é simplesmente cultura?
Muitas pessoas que conheço afora já relataram as idiossincrasias e ações deletérias de toda sorte provenientes desta moral e muletas de estupidez humana que teoricamente alegam o "bem estar" de todos; e todos nós sabemos da sujeira social herdada ao longo da historia ao brado de um deus insipiente.
A única forma que se assemelha de um conceito muito respeitável de ação não intolerante é a do "budismo", e este para os que realmente conhecem o sentido desta filosofia.
Da mesma forma que debatemos muitas proposições filosóficas aqui, creio que um ateu deva ter a sua para sustentar de fato se é um ou não. Porque não refutar os "superastros" das grandes massas? Pode até soar a tentativa de uma "metodologia" esta de Dawkins.
Não obstante, quem lê Dawkins estaria se interessando também por outras coisas além de conceitos ateístas, como por exemplo, a própria ciência e o humanismo; paradoxalmente possa isto parecer.
Especular se isto ou aquilo não daria certo antes do tempo não seria uma prova cabível.
Porque será que falar de deus aos ateus incógnitos é o mesmo tabu que falar de sexo para outros tantos?
Vocês sabem em qual proporção os evangélicos, estes mais lunáticos, crescem tanto quanto outros movimentos místicos? Será mesmo que Deus está morto? Acho que nem tanto, foi apenas reinventado.
Pois bem, se a morte de Deus se resume também na pós-modernidade, que tenham os ateus sua voz ativa ao menos; já que o quadro está estabelecido e ninguém viverá além das elucubrações contrarias a isto.
Tomando o exemplo de Dawkins, ainda penso que se dá a impressão de tratados filosóficos serem "self-centered" somente. Seria muito mais interessante ver talvez um filósofo sair de seu estado "autofágico" e dar um brado que fosse contrário a tanta imbecilidade editorial, ao invés de professar suas filosofias para determinadas "castas" somente; elucidando de forma "inteligível" às massas um teor de "lúdica" crítica elementar.
O que talvez falte a Dawkins seja um argumento menos dialético e mais lógico em suas refutações.
Muitos são adepto da "martelada" inicial, e isto não necessariamente quer dizer que quero ver o circo pegar fogo ou qualquer outra apologia que o justifique.

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