quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Do eclipse da razão - Osvaldo


Por certo podemos dizer que hoje o que resta daquele período clássico em que a polis surgiu é: NADA. Isto é de fato um olhar niilista sobre o mundo.
De forma análoga ao um período medieval, penso que o homem parte cada vez mais rumo ao eclipse da razão, razão esta que está diametralmente oposta ao racionalismo filosófico ou da razão filosófica. Ela é sistematicamente apenas uma razão instrumental que atende aos interesses de uma sociedade em que todos somos co-autores, que é a ditadura doas coisas materiais em detrimento das intelectuais.
Onde falta a filosofia em seu sentido estrito, que deixou seu campo para o individualismo, o relativismo, e o ceticismo filosófico, só poderá haver as sombras da caverna de Platão.
Muito evidentemente escalamos questões cientificas e melhorias em prol da humanidade em geral, porem não do humanismo. Deixamos de ter aquela noção básica dos instintos que protegem a vida.
Não há nada de significativo hoje no que concernem as questões que sempre buscou a filosofia, pois os dogmatismo são ainda clássicos sobre o homem, e mesmo assim, vivemos numa ambiguidade sem precedentes.
O homem hoje é fruto de confluências externas que lhe deixa disforme, e para complementar esta deformidade a psicologia, sobretudo a análise freudiana, lhe confere uma evidente “verticalidade” interna provinda da necessidade de “assentamento” e coadunação com as idiossincrasias sociais que lhe impinge sua formalidade diante do status quo.
Como parte da filosofia e o inadvertido “empréstimo” que Freud fez de Nietzsche e Schopenhauer às suas proposições, as mesmas são passíveis de criticas por se tratar de outra teoria.
O eclipse da razão provém também da fragmentação dos saberes, assim como se fragmenta o homem em partes, esquecendo –se de sua unidade de Ser imutável, mutável apenas na aparência daquilo que se transforma de acordo a necessidade contextual e ilusória que dão uma propriedade de transformação perene.

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